O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...
Miguel Torga
* * *
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...
Miguel Torga
* * *
O sonho comanda a vida, escreveu um dia FP, e essa é uma grande verdade. Sempre que o homem sonha algo belo e nobre nasce. "O homem sonha, Deus quer, a Obra nasce"... (F P -Mensagem). Assim acontece todos os dias, assim se fazem grandes obras. Quando somos pequenos nas nossas cabeças formam-se ideias do que queremos ser um dia, mas com o passar do tempo, alguns desses sonhos vão-se desfazendo, mas surgem outros no seu lugar...
A vida vai-se fazendo aos poucos, dia após dia, e quando olhamos para trás verificamos que nem sempre o caminho foi linear, por vezes andámos às voltas, mas certamente perseguimos os nossos sonhos! Valerá a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena (FP)...
Então continuemos a sonhar e pode ser que consigamos construir um mundo melhor!
Um abraço,
Comentários
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário
Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração.
Mafalda Veiga
Com um abraço
Do tio Óscar