«A importância e a centralidade da família, em vista da pessoa e da sociedade, é repetidamente sublinhada na Sagrada Escritura: «Não é conveniente que o homem esteja só» (Gn 2, 18). Desde os textos que narram a criação do homem (cf. Gn 1, 26-28; 2, 7-24), sobressai que – no desígnio de Deus – o casal constitui «a primeira forma de comunhão entre pessoas»458. Eva é criada semelhante a Adão, como aquela que, na sua alteridade, o completa (cf. Gn 2, 18) para formar com ele «uma só carne» (cf. Gn 2, 24)459. Ao mesmo tempo, ambos estão empenhados na tarefa da procriação, que faz deles colaboradores do Criador: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra» (Gn 1, 28). A família delineia-se, no desígnio do Criador, como «lugar primário da “humanização” da pessoa e da sociedade» e «berço da vida e do amor»460.»
458 CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 12, AAS 58, 1966, p. 1034.
459 Cf. Catecismo da Igreja Católica, n.º 1605.
460 Cf. JOÃO PAULO II, exort. apost. Christifideles Laici, n.º 40, AAS 81, 1989, p. 469.
In Compêndio da Doutrina Social da Igreja, § 209
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