Hoje começo o dia agradecendo-Te, Senhor, os amigos. Essas e esses que, onde quer que estejam, sentimos a nosso lado: confiantes, benévolos, exigentes, cúmplices de memórias e de projectos, partilhando connosco inquietudes, aflições, lutos e também confidências felizes... também esperanças, viagens, futuros, sorrisos. Os amigos são aqueles junto de quem podemos ficar em silêncio, e isso ser uma forma extraordinária de comunhão. Eles provam que a única coisa verdadeiramente essencial é Ser.
Foi com este pensamento que comecei o dia, ou que talvez até tenha acabado o anterior. Sei que nos momentos mais difíceis eles estão ao meu lado, embora eu não os veja, não os sinta e até desespere por uma mão amiga que repouse no meu ombro, ou um beijo que toque a minha face, ou um sorriso ou aquele abraço que só de pensar até arrepia.
Mas numa sociedade que louva o indivudualismo, que exalta aqueles que são capazes de fazer tudo sem precisar de ninguém, que lugar têm os amigos? Estaremos condenados a uma simples troca de palavras, breves, rápidas, de etiqueta? Estilo «Tudo bem?»: Perguntamos e perguntam-nos. «Tudo bem?»: ouve-se de raspão. Ás vezes nem dá tempo para se ouvir a rotineira resposta, «tudo». Os nossos encontros que não são encontros. Cruzamo-nos, habitamos lado a lado, tomámos um café que parece feito de minutos roubados, contamos uma historieta qualquer que agora se conta, «até logo», «até depois», «adeus». E, contudo, somos chamados a ser testemunhas de cada vida que é uma história sagrada, única e na criação. E, contudo, devemos aos outros (e os outros devem-nos) a atenção, a escuta profunda, a colaboração solidária.
Foi com este pensamento que comecei o dia, ou que talvez até tenha acabado o anterior. Sei que nos momentos mais difíceis eles estão ao meu lado, embora eu não os veja, não os sinta e até desespere por uma mão amiga que repouse no meu ombro, ou um beijo que toque a minha face, ou um sorriso ou aquele abraço que só de pensar até arrepia.
Mas numa sociedade que louva o indivudualismo, que exalta aqueles que são capazes de fazer tudo sem precisar de ninguém, que lugar têm os amigos? Estaremos condenados a uma simples troca de palavras, breves, rápidas, de etiqueta? Estilo «Tudo bem?»: Perguntamos e perguntam-nos. «Tudo bem?»: ouve-se de raspão. Ás vezes nem dá tempo para se ouvir a rotineira resposta, «tudo». Os nossos encontros que não são encontros. Cruzamo-nos, habitamos lado a lado, tomámos um café que parece feito de minutos roubados, contamos uma historieta qualquer que agora se conta, «até logo», «até depois», «adeus». E, contudo, somos chamados a ser testemunhas de cada vida que é uma história sagrada, única e na criação. E, contudo, devemos aos outros (e os outros devem-nos) a atenção, a escuta profunda, a colaboração solidária.
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Abraço