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O Senhor repousa no sepulcro...

A Igreja celebrou ontem a Paixão de Cristo. O Salvador do Mundo foi condenado, crucificado, morto e sepultado. Agora a Igreja está junto do sepulcro, na esperança que o seu esposo destrua as cadeias da morte, mas enquanto espera, o mundo sente a falta do seu Criador… O Rei dos reis, o Senhor do Tempo e da história repousa agora na sombra da morte… A morte tem agora o seu auge, conseguiu destruir o Autor da Vida… Aquele que um dia dissera «destruirei este templo e em três dias o Edificarei» parece vencido… o peso dos nossos pecados é tão grande que o Senhor não resistiu e sucumbiu… No patíbulo da Cruz Ele disse «tudo está consumado»!
Aguardemos em oração que o Senhor vença a morte, para podermos cantar jubilosamente as Suas maravilhas.




Celebramos hoje as festas da Páscoa,
em que é imolado o verdadeiro Cordeiro,
cujo Sangue consagra as portas dos fiéis.
Esta é a noite,
em que libertastes do cativeiro do Egipto
os filhos de Israel, nossos pais,
e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.
Esta é a noite,
em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado.
Esta é a noite,
que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo
aqueles que hoje por toda a terra crêem em Cristo,
noite que os restitui à graça
e os reúne na comunhão dos Santos.
Esta é a noite,
em que Cristo, quebrando as cadeias da morte,
Se levanta glorioso do túmulo.
Oh admirável condescendência da vossa graça!
Oh incomparável predilecção do vosso amor!
Para resgatar o escravo entregastes o Filho.
Oh necessário pecado de Adão,
que foi destruído pela morte de Cristo!
Oh ditosa culpa,
que nos mereceu tão grande Redentor!
Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas;
restitui a inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes.
Oh noite ditosa,
em que o céu se une à terra,
em que o homem se encontra com Deus!
Nesta noite de graça,
aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor,
que, na oblação deste círio,
pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja.
Nós Vos pedimos, Senhor,
que este círio, consagrado ao vosso nome,
arda incessantemente para dissipar as trevas da noite;
e, subindo para Vós como suave perfume,
junte a sua claridade à das estrelas do céu.
Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã,
aquele astro que não tem ocaso,
Jesus Cristo vosso Filho,
que, ressuscitando de entre os mortos,
iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz
e vive glorioso pelos séculos dos séculos. (Precónio Pascal)

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