Não é possível amar o próximo como a si mesmo e perseverar nesta atitude sem a firme e constante determinação de se empenhar em prol do bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos 44. Segundo o ensinamento conciliar, «o nosso respeito e amor devem estender-se também àqueles que pensam ou actuam de modo diferente de nós em matéria social, política ou até religiosa. Aliás, quanto mais intimamente compreendermos, com delicadeza e caridade, a sua maneira de ver, tanto mais facilmente poderemos com eles dialogar»45. Nesse caminho é necessária a graça, que Deus oferece ao homem para o ajudar a superar os falhanços, para o arrancar da voragem da mentira e da violência, para o sustentar e incentivar a tecer de novo, com espírito sempre renovado e disponível, a rede das relações verdadeiras e sinceras com os seus semelhantes46.
45 CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 28, AAS 58, 1966, p. 1048.
46 Cf. Catecismo da Igreja Católica, n.º 1889.
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